Google

quarta-feira, março 21, 2007

Tributo a uma solidão ausente

Olho sua imagem apagada pelo tempo,
A clausura de um sorriso me sorrir...
O sabor cavado de outros beijos.
Um pingo de lágrima sobre a foto;
Eu, quase derrotado...
Saudades, saudades.

Um outro pingo, quase uma imensidão de lágrimas.
Eu chorando...

O tempo passa lento, calmo...
Não há mais graça se você voltar;
Tudo me consome a todo instante.

Vejo outros casais;
Perco a concentração,
Meus olhos se privam do fechar.
Tenho insônia,

Me recordo instantes de pensar,
Você sorrir na minha lembrança.
Eu perco o sentido das palavras,
Escrevo besteiras,
Descomponho meus textos...
Escrevo mais um pouco
Besteiras, besteiras.

Depois me atento:
É só desejo de você ficar,
De te sentir todas as noites, todos os instantes...
De poder te ver enquanto durmo,
De te tocar enquanto os metros nos separam.

De morrer de ti,
De você aqui...

Eu rasgo o meu tributo,
Entro nos eixos...
Eu vivo.

Elson de Andrade