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quinta-feira, dezembro 21, 2006

Como as rosas

Como as rosas,
seu olhar atento ao mudar do tempo
à imagem besta de sorrir de novo
um momento displicente...
nada, tudo, nada de novo
depois algo.
depois de novo, depois...
novamente.
arrepios me causam
e eu me perco nessa linguagem
de função "poéticafáticametalingüística"
por um instante, só um instante
por outro instante, ausências
por vários outros instantes; não sei
e quando as rosas somem,
o seu sorriso me desperta,
de mais um, capricho da imaginação.

Elson de Andrade

terça-feira, dezembro 05, 2006

Um ego em declínio

Não consigo imaginar as coisas de outra forma...
olhando pela janela só vejo a escuridão e a fumaça...
Nada pode ser pior que a falta de visão de um sonho...
Tudo fica reduzido as ilusões medíocres de nossas
mentes sórdidas e promíscuas...
e não há como mudar... faça o que quiser e acabe
sempre de onde começou... fique sempre dando voltas
em seu mundo... nunca encontrará o que procura...
porque o que procura não existe e não pode ser
tocado... por mais que tente não existe possibilidade...
Amanhã como num passe de mágica você verá que
de nada adiantou tanto esforço... é cruel mais é
a realidade... e não tente encontrar fuga em nada...
seu destino está selado... a desgraça o procura...
aceite e se entregue... eles virão te buscar...

Tião Pexe

domingo, dezembro 03, 2006

Crimes Criminosos.

A tv divulgou o crime
Que inspirou um homem
Que matou o outro
Para matar a fome.

A TV divulgou o assassino
Que virou artista
Que distribuiu autógrafos
E se disse homem
E não mais menino.

Esse que escreveu um livro
Que ganhou dinheiro
Escreveu estórias
Que virou roteiro
Esse que virou um filme
Concorreu ao Oscar
Revelou atores e foi o melhor.

O assassino,
Que cometeu um crime
Como nunca visto
Que se tornou POP
Que virou um Mito

Esse que inspirou inumeros
A cometerem crimes.
E a TV, que divulga os crimes
Que inspira crimes
E engrandece o time
Dos mais conhecidos.

Esses que se tornam POPs
Argumentos forte
Para apreender atenções
Gerar audiência, vender espaço
Partir pro abraço
E tornar escassa,
Sorte, sorte, sorte...

Elson de Andrade

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Como se eu estivesse morrendo


Como se eu estivesse morrendo

Como se eu estivesse morrendo...
O remédio cai das minhas mãos,
No embaciar do espelho; marcas de dedo
O mundo girando em volta.
Olhos lacrimejando...
Como se eu estivesse morrendo,
Deixo a torneira ligada, a pia cheia
Ouço o derramar da água.
Me arrasto até o quarto, a cama.
E...
Como se eu estivesse morrendo.
Me deito,
Como se eu fumasse. Peço um cigarro; fumo.
Sua imagem no retrato, inebriante, vejo.
Minha cabeça dói.
Sinto os meus orgãos se espremerem dentro de mim,
O coração batendo em compassos faltos,
As lembranças de velhas cartas; um filme...
Como se eu estivesse morrendo.
Sinto meu corpo quente,
Os pensamentos se soltando de mim,
Uma lágrima escorrendo no teu rosto;
Uma lembrança vaga, da nossa ultima noite de prazer,
Como se seu estivesse morrendo,
Imploro para você sair.
Como se eu estivesse morrendo.
Minha imagem vejo,
Como se eu estivesse morrendo, morto.
Elson de Andrade

Madrugada insana

Madrugada insana, pensamentos vêm
A faca sobrepõe-se
No mortal do meu interior.
O lençol bordado de um vermelho escuro e quente;
Vejo você chorar no canto do quarto.
É como eu ver tambem,
O meu sorriso vago sobre o rosto,
e o prazer de estar morrendo por você...