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terça-feira, janeiro 30, 2007

Último

Eu que não me entristecia,
Triste agora
Eu nuca tomei pílulas para dor
Eis aqui as últimas cápsulas,
Eu que não fumava,
Chutei o cinzeiro pela boca,
Eu que me mantinha calmo
Quebrei os últimos copos
Rasguei as últimas calças
Compus as últimas músicas
Distingui o último acorde
Quebrei as últimas cordas
Risquei a última estrofe...
Eu que não mais desenhava
Pincelei teu último olhar
Teu último sorriso
Teu último pensar
Eu que sempre guardei tudo
Joguei tudo fora, agora.

Eu que sempre disse tudo
Me calo...

Elson de Andrade

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sinto saudades de "mim" mesmo

Sinto saudades de mim mesmo,
Dos cabelos longos, soltos, duros...
Da calma...
Da loucura louca de viver,
Só por um segundo

Dos amigos vivos, mortos;
Do silêncio calmo, triste...
Da distância próxima, cega.

Restam-me saudades de mim mesmo
Do mundo, do absurdo, do nada...
Saudades dos beijos que me dei,
Das palavras que deixei sair da minha boca,
Da tua boca...

Do sabor amargo do teu corpo,
Do cálice...
A quentura da tua alma
No céu da minha boca, louca.

Embriagava-me ao teu lado,
Jogava-me diante de ti;
Deixava-me...
Deixava-te,
Sozinho (a)

...


Elson de Andrade

quinta-feira, janeiro 25, 2007

"Eu" pra você

Seu olhar brilhava...
Seu esposo sorria, seus filhos também.
Meu lado “bicho” logo pensou,
O fotografo os pediu pra dizer: “xis”

O outro, não.
Pensei em parar, largar tudo...
Abandonar a idéia besta de te querer.
Eu quis...
Eu quis.
Pensei em te deixar voltar pra tua desgraça oculta.
Abandonei a idéia de acordar-te,
Despertar-te, rejuvenescer-te.

Eu quase me matei por dentro,
Consumia-me um misto de sim e não.
Me transformei em mau por um momento.

As fotos se desfaziam, no ápice da minha enfermidade psicológica.
As crianças se desfaziam, o teu homem também.
Seu sorriso se desfazia, o brilho no olhar ofusca.

Quisera evitar instintos
Não há palavras de limpar seu coração,
Apenas minhas, de poluição...
Quisera evitar falar, evitar perder, evitar ganhar.

Desejo que não me busques,
E quando eu sumir, me esqueça...
Volte ao colo do teu amor, e não o julgue e nem a mim.
Não tenho nada a te oferecer,
Não há beleza que se pode ver em mim.
E tu,
Quando vistes, quase larga tudo...
Uma grande coisa eu tenho, e posso te dar...
A embriagues constate da poesia,
O prazer como você nunca teve,
E um cigarro pra fumar depois.

Elson de Andrade

segunda-feira, janeiro 08, 2007

O bicho de mim

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=6678010

Essa é minha comunidade no orkut,
Não sei se o blog depende da cumunidade,
ou quem depende de quem,
só sei, que os dois foram feitos para viver apenas um puco,
um pouco muito, um pouco longo...
(...)

Um pouco eterno.

Elson de Andrade

sábado, janeiro 06, 2007

"Eu" Disritmia

Sou o espasmo dos teus sonhos,
um livro insano (morto).
A geladeira aberta a noite,
você pensando besteiras;
raiva repentina e tristeza passageira.
Passos no silêncio ameno do dormir profundo.
Disritmia de palavras
sobre buscas incessantes e inconstantes.
Poesia oculta e farta...
luz,
luz...
Risos...
Passos,
passos.
- Ouça a musica!
- Que musica?
- Você cantando pra dentro e baixinho.
É como chorar,
embaixo da coberta quente.
- Ah...Ah!!! Ah!
(...)
Risos...
Risos...
Risos...
"Eu"
Elson de Andrade

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Roda Menina

Ontem te vi pela primeira vez...
e é como se você tivesse feito parte de minha vida inteira...
como poderia imaginar encontrá-la assim... tão bela
Sua dança encanta meus olhos como se eles
jamais tivessem se fixado em algo tão iluminado assim...

Hoje para dizer a verdade não consigo me lembrar direito do seu rosto...
talvez seja porque meus pensamentos não consigam
acompanhar a visão de minha mente... como se não acreditassem
em todo esse encanto...

Roda menina... roda e me joga no chão...
Sei que pode passar alguém por aqui e me tirar desse choque...
mais enquanto seu olhar estiver atravessando por qualquer
coisa que seja... eu sei que algo ainda pode acontecer...

Me desculpe mais não sei seu nome...
mais isso é o que menos importa... pois tanta beleza
não precisa ser chamado por nada... basta apenas existir
Amanhã quem sabe te verei novamente...
e espero que tudo aconteça de novo...

Tião Pexe