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sábado, setembro 13, 2008

Restam lembranças

As coisas pedem a graça um dia... É inevitável tentar construir uma fortaleza em volta da estabilidade das coisas.
Seus amores e as coisas que você deseja muito ou gosta, terão cada vez menos importância para você; quando se perceber isso, acalme-se, não é você mudado as coisas, são as coisas mudando você, não é você mudando o mundo, é o mundo mudando o seu mundo.
Eu não sou pessimista, alias, não entendo muito bem isso. Sou só verdadeiro, e não estou querendo mudar sua forma de ver o mundo, porque mesmo a sua forma de ver o mundo, pode ser entendida de diversas maneiras, mas há uma coisa que estou tentando fazer com você, estou tentando fazê-la enxergar o mundo como ele é, e não como ele o é apresentado, a não ser que o mundo se a apresente para você assim, como o estou apresentando.
Você vai perder o gosto pelas coisas que amava fazer, se deparará com outros gostos os quais serão desenvolvidos dentro de você chegará ao ápice do desejo de gostar e depois se acabará.
O mesmo acontecerá com outros gostos e desejos seus.
Isso ocorre a todo instante, a verdade é que estamos muitos empolgados com os novos gostos que adquirimos, de um jeito que não percebemos quando as antigas coisas que gostávamos de fazer são deixadas de lado, elas estão indo para sempre.
Às vezes tentamos nos iludir com a idéia de que as coisas nunca morrem. Como entender isso, se as coisas nascem para morrer? Basta não entender, existem coisas que morrem, mas continuam vivas, existem coisas vivas que permanecem mortas, existem certas coisas e existem coisas certas.
Quando eu falo dos seus gostos e desejos, eu falo do namorado que tinha ou da namorada, das cartas que adorava escrever para o outro (a), eu penso no amor, porque o amor também morre, mas o amor ressuscita, mesmo morrendo depois, ele ressuscita novamente e depois, novamente...
Portanto, aproveite o gostar de agora o desejar de agora, ele é único e nunca é como o dos outros dias, aliás, você nem sabe se haverá outros dias e se houver, são incógnitas pelas quais provavelmente não perderá o seu tempo tentando descobrir.
Escreva o máximo de cartas, beije o máximo de beijos, erre o máximo de erros, goste mais, ame mais, sinta muito mais.
Deseje.
Deseje mais, quera.
E o que tens de ontem é o que sobrará amanhã do dia de hoje e que poderão ser boas ou ruins, porque morrer é matar...

As lembranças.

Elson de Andrade.

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